A FORTUNA
(a J.D.)
Deixo de lado os
amores inventados.
Os amores forçados
expulso do meu quarto.
Numa catarse excluo
os sonhos de concepções humanas.
Ouvindo a floresta
profunda que você me deu,
Reduzo a pó as
paixões vividas,
Os sonhos infantis e
os desejos urbanos.
Apago da minha cabeça
toda a Lírica,
Toda a Dramática,
toda a Épica.
Do meu olhar, dos
meus ouvidos
Da minha pele, dentre
os aromas e sabores.
Esqueço tudo de bom
ou mau que foi vivido
E na mais virgem
imaginação,
No mais puro e humano
impulso,
Recebo você apenas,
como a mãe que procria
E como o pai que
protege.
Eis o que chamo amor.