A MALOCA
O moleque comeu a
moqueca.
A marmita caiu na
avenida.
Abriu-se toda – uma
vergonha.
O moleque deu o pé
pra doce de amendoim.
A quaresma durou
muito tempo.
A fogueira de S. João
deu pipoca.
Galinhas mortas
subiam para os céus!
E aquela moça tinha o
cangote cheiroso.
Maritaca passou pela
rua,
Cumprimentou todo
mundo.
Eita que baita
candanga
Correu pra ir beijá-lo.
Eita preula, na boca.
Feito a novela das
sete.
Mas eu já vinha
notando
Que a civilização se
divide
Em neutrons comuns
azulados
E enzimas cardíacas
prontas,
e prótons sagazes
secretos,
em netos de quem não
foi pai,
as mães que dizem com
talco,
e filhos que
respondem com ira.
Quem vai dar jeito no
mundo?
O mundo vai dar jeito
em quem?
Convém esperar os
alienígenas
Nos discos voadores
do além.