TRIBO EU
Meus dentes, minha boca
inteira e o rosto.
A última gota de orvalho que
rebentou naquela pétala era eu.
O Brasil aos meus pés
sussurrava um barulhinho tão bom
Que eu não tinha sede,
Que eu não tinha fome,
Que eu não tinha medo.
E todos os ídolos que cantei,
E todos os livros que folheei,
E todos os pensamentos que
ocultei,
Esqueci. Esqueci. Esqueci. Esqueci!
Eu autosciente nem sei onde
vou parar.
Não há poesia maior que o
movimento dos meus braços.
Não há ousadia maior que a
suficiência dos meus passos.