CARTAS NO CHÃO
Em tom de boas-vindas a vida
recebeu-nos.
E nosso único desejo era
existirmos plenos.
Cada um na sua ilusão,
Cada um na sua solidão,
Cada um no sossego escolhido
Para que a indispensável
aleluia
Fosse ouvida de longe.
A dança dos andares
Escrevia nas calçadas.
Cada passo, um destino novo,
É aonde se quer chegar:
Aonde o passo imprime a ordem.
É marcha, é dança é andança.
Volátil andar a jato.
Portátil alma de um corpo.
Notável o nosso jogo
De insights lentos e tácteis.
Quanta arrumação num átimo.
Quanta possibilidade houve
Numa só noite de festa