ÍCARO
Porque aquele que se acha no final voa rápido
para o começo.
E relê tudo.
E refaz tudo.
E novamente se surpreende,
Que até as paredes do labirinto
Criam imagens novas no tempo.
Porque o ventre da natureza
Com seus tentáculos abraça o homem
Sempre que ele se vê perdido.
E as canções e as solidões
Das multidões o acompanham embevecidas
Em rimas lentas e encantadoras.
Não há pessoa que não se perca
Nos arredores do além-mundo.
Pois entre o silêncio do último suspiro
E a sinfonia do nascimento
O
melhor mesmo é renascer.