MADRIGAL
Que tradição seguiremos
No conglomerado de tribos,
Se a humana força se perde
A cada minuto da hora?
O que há nos lares escuros?
A solidão, o delírio,
A dança, a festa ao domingo
E a timidez nos olhares.
Que multidão formaremos
Nas avenidas abertas
Falando igual idioma
Nessa linguagem secreta?
Vamos pairar feito anjos
Vendo felizes os deuses
De uma distância impossível
Como se não existíssemos.