ANÔNIMOS
ANÔNIMOS
Notório entusiasmo arma o
circo.
A menina ainda dança, ainda
menina.
Nunca fechei as portas de
nenhum universo:
Tudo fluiu sem propaganda ou
compaixão.
Não existe o que eu veja que
não seja eu.
Armou-se um funeral para entristecer
tanta alegria.
Armou-se a penitência para
fechar a liberdade.
O mal útil e os males úteis
estão ligados e a solta.
Mas cabe samba no pé e forró
nos quadris
Que ser feliz continuamente,
docemente, intensamente
É o ofício dos mais deuses.
O mínimo e o quieto só às
vezes são felizes.
Tudo nessa vida tem medida
E fica uma balança
equilibrando aos ouvidos:
Mais amor, mais amor, mais
amor.
Menos amor, menos amor, menos
amor.
Não existe o que eu sinta que não seja eu.