CAVERNA DE NÉON
A entrada do shopping center
Tinha gente desocupada.
A mente absorta nas marcas,
A trempe fugindo da escola.
A pipoca do shopping center
Tinha sal vindo dos mares.
As lojas de roupas falantes,
Os cafés em quiosques uivavam.
Namoros – vulneráveis – brilhavam
No marmóreo chão.
O beijo no edifício sem janela,
Sem saída ou adeuses
Teve sabor de fazenda.
De repente, ouvia-se o som do fliperama
E uma tela mostrava: Game Over.