LICENÇA
Se minhas próprias virtudes percorrem em prol
do todo,
Por que não conter o povo
O fruto amargo e insalubre
Que produz o meu próprio vício?
E cada beijo na rua,
E todo ócio no asfalto,
O sexo por vaidade
E o mais que pareça insano,
Esboça o doce sorriso
De quem já pensou por muitos
Que apenas preenchem o vazio
E temem investigar
A origem da dor e do alívio.