domingo, 27 de março de 2016

João Rosa de Castro - O Cio da Pedra

O ARCO-ÍRIS

A minha solidão desses dias
Não há gracejo que contemple.
Papai parte pra sempre,
Mamãe parte pra longe.
Eu nunca fiz um poema
Com versos ou tempestades,
Ou raios valendo money
Ou money uma vitamina.
Eu sou o estranho impar
Que o teu perfume não vê
A milhas e milhas distante.
Eu sei a cor dos semblantes
Mas cores não misturei.
Ouvi as canções distintas
Mas tive de esquecê-las.
Por que esse Deus e Mais Deuses?
Por que esse planejamento?
Por que o tal casamento?
Por que o porquê das crianças?
As minhas vontades noturnas
Nem os holofotes copiam,
Eu não criei, nem busquei.
Eu pouco quis, pois deixei
Estar um peso nas costas.
Agora eu peço: ajuda
Para que eu saia de mim

Ou pise no mundo em mim mesmo.

João Rosa de Castro - Despedida - Encerramento do Blogue Lume d'Arena

Prezado leitor. É com imensa satisfação que venho expressar minha gratidão a todos que visitaram, leram, compartilharam e acompanharam o L...