PAI-FIGURA
Minha terra ininterrupta tem pegadas tão
sacras.
Meu chão é da lisura da pele da amada.
Flor-fotografia tão impressionante:
Não permite tocar, olhar, colher.
Deu-me meu pai uma terra.
Esplendorosa herança.
E disse: “é tua, tua, tua.
O que imaginares tem ela.
O que mais sonhares, na colina rebenta.
Deixai o capital insuficiente das massas,
Olvidai as fibras inteligíveis e
opressoras.
Tua terra é canção serena
Sincero e etéreo acalanto.”
Tomei minha terra nesse caminhar
E sinto-a, viva, afagar os meus pés.