domingo, 29 de outubro de 2017

João Rosa de Castro - Bis


BACO

O que faço se a minha pior fraqueza
Reside num corpo que não é o meu?
E para o fruto que me nutra, atravesso desertos.
E para a mais básica água, tenho de dançar a chuva.
E o meu pensamento são tíquetes.
A vida nos segundos do relógio
Fica tímida ao se ver desmascarada.
Que mundo é esse que criei!
Que labirinto!
Então eu quase nulo,
Então eu quase bicho,
Então eu quase sóbrio,
Subo umas escadas de pedra
Vejo de longe a perfeição
E volto para a temida solidão.
A vida só pode ser bela,
A vida só pode ser pura,
A vida só pode ser longa,
Quando se tem coragem para disfarçar.

João Rosa de Castro - Despedida - Encerramento do Blogue Lume d'Arena

Prezado leitor. É com imensa satisfação que venho expressar minha gratidão a todos que visitaram, leram, compartilharam e acompanharam o L...