UM ADEUS
Ai como é belo e humano
O desejo de morte sorrindo
Como na infância inocente
Que tudo faz querer.
O que o capricho ordena
Em tempos de solidão
É que se veja ao espelho
E duvide que faz sentido
Viver após ter amado.
Para quê?
Depois de ter ido às estrelas.
Depois de desprezar a mentira.
Depois de ter sido amado
E ver que a verdade é um prisma.
Só resta saber qual o lado
Do mundo para observar
Como se eu fosse pura atenção.
De fato é certo e nítido
Buscar quanto se desconhece.
Sentir o perfume que o nada
Exala para encantar.
Para encantar.
Mas tudo que se memoriza
É humanamente permeável.
Não estarei aqui perdido.
Adeus…