domingo, 8 de setembro de 2013

João Rosa de Castro - Alma Nua

BJÖRK

Você sim, darling, me acalanta como uma das formas da paz. Sua voz jovial, com os sons humanos, demasiado humanos. Você me faz acreditar em futuro e beleza sem dilema, com sua coragem e desprezo pelas erupções vulcânicas; o vigor e a energia tão coloridos das suas dionisíacas viagens. Me faz sentir selvagem, primitivo, pré-historicamente livre, como se o mundo e o terror e a náusea fossem só um simulacro – mas o espírito abundante que pulsa, com a parafernália por trás do seu som, permanece intenso, de uma nobreza jamais corrompida em nenhuma revolução. Sinto girar o mundo ouvindo sua música, numa dança extraordinariamente irrestrita. Que bom que você está aqui. Sinto o seu perfume exalando pelos espaços do meu quarto e proliferando na atmosfera, depois da janela, como um sinal,  para o mundo e os olhos da verdade, de como me sinto feliz, como nunca, em quase três décadas de espera. Ridículo ficar te adulando assim, como se quisesse me igualar! Longe disso. Você é única e eu posso dizer que foi minha boa companhia na mais profunda solidão. Tropical kisses in the heart.

João Rosa de Castro - Despedida - Encerramento do Blogue Lume d'Arena

Prezado leitor. É com imensa satisfação que venho expressar minha gratidão a todos que visitaram, leram, compartilharam e acompanharam o L...