Prefácio
Em seu livro “Flores do
Pântano”, João Rosa de Castro lembra que a poesia reside na alma humana. E, como bem diz Rubem Alves, “Alma é o nome
do lugar onde se encontram esses pedaços perdidos de nós mesmos. São partes do
nosso corpo como as pernas, os braços e o coração. Circula em nosso sangue e
está misturada com os nossos músculos...”.
Então, a poesia é a arte
de fazer com que as palavras contornem os sentimentos, o pulsar dos sentidos
que nos habitam para, com uma sonoridade harmoniosa, expressarem o que flui do
coração, endereçando-nos à emoção.
Assim, o autor faz das
lembranças vividas e do sentimento de solidão a matéria prima, o barro vivo,
que molda em poesia onde retrata o amor, o prazer, a dor, seus deuses, seus
sonhos e seu mundo a seu modo, isoladamente. Desta forma, desenha a saudade no
caminhar contínuo do tempo, na busca pelo sentido da existência.
Demonstra uma
sensibilidade límpida, criatividade, suavidade e habilidade em brincar com as
palavras em uma escrita sem rodeios.
O poeta, logo no início do
livro, convida-nos a irmos com ele ao pântano para encontrarmos a magia que
moverá nossa emoção em cada uma das “flores” que poderão ser colhidas, uma a
uma, durante 36 semanas que levará a publicação do livro aqui no Lume d'Arena.
Carla Adriana Reinaldo
Garcia dos Santos