FABIANO PODERIA SER APENAS
HOMEM
Mas
overman, mas houvesse quem
O superasse na contemplação das nuvens…
Um
pêlo do seu pé no palco fez ebó.
Fabiano
também se tornara anjo.
Voava
por sobre os prédios da Consolação num sábado fervido à noite.
Achara
a vida enfadonha de cima.
Quantas
mulheres não lhe dariam filhos!
Filho.
Ele não queria berimbau.
Ele vira as luzes de natal.
Apagava-as, apagava-as, apagava-as.
Soprando, soprando, soprando
Qual
vela de aniversário.
Fabiano
nascia a cada dia.
Parecia
que as noites eram úteros
Úberes,
úberes, úberes.
Bailava
e sobrevoava o público.
O
público nunca viu Fabiano
Mascar chicletes escondidos por trás das
asas.
As asas.
As
mesmas que o trouxeram dos sertões!