OLHO DE FALCÃO
O sobrenatural
atravanca.
A vida um
arsenal desencanta.
Tudo é possível
na solidão,
No
silêncio da noite.
Passavam
enquanto eu observava na foz muitos homens que queriam assistir o passar do
tempo;
O
desenrolar das nuvens,
O
desabrochar lento da flor.
São meninos os
homens que sonham;
Infantes
os que dizem o sonho;
Embriões
os que o interpretam.
A vida uma casa
sem lâmpadas;
Virginal
qual a mais dócil donzela.
A
todos resta a noite.
A noite a hora
de pensar;
O
lugar para sentir.
A paragem:
meditar.
Tudo está em
movimento, salvo as coisas brutas como esta pedra.
Efêmeras que
vão para o mais distante.
Os corpos
tépidos ou humanos
Seguem
querendo ser coisas.
Afã de se
brutalizarem,
Anseiam
por ser carregados
Qual
horda no carro-de-boi…!