METEOROLOGICAMENTE
O tempo da
frieza chega.
Todos
calcularão seus sorrisos.
O comércio
manda.
A frieza chega.
A namorada tão
negra
A
cada dia me abandona.
Eu coletividade
de almas.
Eu condenado
por mim mesmo a viver condenado.
Por quê?
Já não fumo,
Já
não bebo,
Já
não cuspo.
Deixo a porta
escancarada.
Entram ventos,
semiventos, pela janela entreaberta.
Para que viera ao
mundo?
Se não posso
criar, procriar, suportar sem sucumbir?
Uma porrada na
lata da parede.
Uma porrada na
lata do “santo”.
Doente. Muito
doente.
Nunca mais
aquela viagem sem rumo.
Nunca mais as
carícias de mãos.
O espírito que
em mim habita
Quer
estrelar, quer errar – tornar-se público.
E de sorrisos
calculados qualquer igreja está cheia.
A vida é séria.
Muito séria
mesmo –
Mas
antes a grave felicidade