A PUREZA INEXPLICÁVEL DE UM SER
E teus filhos te
sabem tão grandiosa,
Que
se afastam como se se aproximassem de um sol eterno.
Tiveste
tantas vidas em uma única vida;
Sabes
as cores e matizes de cada dia.
A imprimirem os
desenhos das nuvens.
Tu vens de tão
longe.
Vens de uma
distância inatingível.
Nem o filho
mais robusto te alcança.
Desenhos tão
chãos,
Traçando
o caos a fim de superá-lo.
Tu abrigas o
mundo.
E não percebes
classe nem cor nem credo.
Cabe a Via
Láctea com outros dez convidados
Nas
festas com que recebes.
Quantos
banquetes!
Quantos afagos,
Quanto
carinho há no teu beijo.
E mesmo assim,
nada te contamina.
Nem exército
invade teus portões.
Acolhes os
perdidos,
Como
se junto com a reza rogasse por todos,
Na
hora do distender.
E permaneces
menina – sem máscara.
Nem traje que te
embelezes ainda mais.
Alma nua
iluminando o mundo.
Como és amada, Francisca!