ARTÊMIS
Ele não tinha
tempo para as nossas loas feminis.
Só queria saber
do que pudesse dar certo.
A vodca na
taverna.
A sinuca aos
ouvidos.
Os idiomas e as
mulheres bonitas borbulhando em sua mente.
Tinha pacto com
o diabo.
Mas era musical
para com o semelhante.
Quer dizer –
com o outro.
Não se
assemelhava a ninguém.
Era dado a
destruir lares.
Achava um
desperdício que mulheres finas
Não ouvissem
boa música.
Como continha
comprimidos em suas mãos os próprios sentimentos.
Não tinha
dúvidas nem certezas.
Não dizia nada
a ninguém
A não ser que
amava os amigos.
Era ímpar
sempre,
Sempre
surpreendente.
Era um homem só
E
partiu cedo – cedo demais!