domingo, 26 de abril de 2015

João Rosa de Castro - Paisagens Oníricas - Com Prefácio de Olga Maria Gonçalves

ARTÊMIS




Ele não tinha tempo para as nossas loas feminis.



Só queria saber do que pudesse dar certo.



A vodca na taverna.



A sinuca aos ouvidos.



Os idiomas e as mulheres bonitas borbulhando em sua mente.



Tinha pacto com o diabo.



Mas era musical para com o semelhante.



Quer dizer – com o outro.



Não se assemelhava a ninguém.



Era dado a destruir lares.



Achava um desperdício que mulheres finas



Não ouvissem boa música.



Como continha comprimidos em suas mãos os próprios sentimentos.



Não tinha dúvidas nem certezas.



Não dizia nada a ninguém



A não ser que amava os amigos.



Era ímpar sempre,
Sempre surpreendente.



Era um homem só

E partiu cedo – cedo demais!

João Rosa de Castro - Despedida - Encerramento do Blogue Lume d'Arena

Prezado leitor. É com imensa satisfação que venho expressar minha gratidão a todos que visitaram, leram, compartilharam e acompanharam o L...