O MEIO
Manhã, acordo
sozinho.
Acho estranha a
figura do teto.
Se aproximam de mim,
eu sorrio.
Eu balanço o pezinho
pedindo
Colo, leite, carinho.
Prazeres dos beijos
na boca.
A mão que desliza na
pele.
A bunda tocada, a
coxa.
O sol da manhã
ilumina.
A casa parece uma
dança.
Um vai pra lá e pra
cá.
Não sei o que dizem
tanto
Atrás das paredes e
portas.
É uma orquestra.
É uma passeata.
É um manifesto.
É uma falange.
Isto é o meu futuro,
Andarei sem rumo.
Falarei ao vento.
Nada bastará.