domingo, 6 de setembro de 2015

João Rosa de Castro - O Erê - Com Prefácio de Rosângela Rodrigues Ferreira

O OURO


De onde vem o interesse
De pegar o que se pensa
Com as mãos que não atingem
Abaporu na parede?
O que é pastoso se sabe
Quando escorre na virilha.
Nosso homem é criança
Que aprende tão depressa!
Ele é expressão proibida,
Foi uma paixão recolhida,
Hoje é um orgasmo desenfreado
Que na velocidade estática do tempo
Se transforma e não percebe.
Apalpar a idéia mais gentil
Que lhe surge na mente
É seu desejo e seu dilema.
Impossível! Impossível!
O invisível pesa,
O intocável é fugaz.
Ele vai insistir
Pensando ser ouro
Tudo o que brilha.
Pensando que o tesouro é fácil
Porque para ele tudo é tesouro.
“O príncipe e o seu trono futuro.”
Todo paraíso é deixado para depois.
Ele gosta de sofrer
Para entender cada nuance
Imperceptível do alívio.

João Rosa de Castro - Despedida - Encerramento do Blogue Lume d'Arena

Prezado leitor. É com imensa satisfação que venho expressar minha gratidão a todos que visitaram, leram, compartilharam e acompanharam o L...