O OURO
De onde vem o interesse
De pegar o que se
pensa
Com as mãos que não
atingem
Abaporu na parede?
O que é pastoso se
sabe
Quando escorre na
virilha.
Nosso homem é criança
Que aprende tão
depressa!
Ele é expressão
proibida,
Foi uma paixão
recolhida,
Hoje é um orgasmo
desenfreado
Que na velocidade
estática do tempo
Se transforma e não
percebe.
Apalpar a idéia mais
gentil
Que lhe surge na
mente
É seu desejo e seu
dilema.
Impossível!
Impossível!
O invisível pesa,
O intocável é fugaz.
Ele vai insistir
Pensando ser ouro
Tudo o que brilha.
Pensando que o
tesouro é fácil
Porque para ele tudo
é tesouro.
“O príncipe e o seu
trono futuro.”
Todo paraíso é
deixado para depois.
Ele gosta de sofrer
Para entender cada
nuance
Imperceptível
do alívio.