O PASSO
Um passo!
E o segundo com as
mãos soltas.
Já posso ir sozinho aonde
está o amor.
Ir é um verbo
infinito.
Os meus pés ferem a
terra com inocência.
Terra, eu. Eu, terra.
Terra, eu. Eu, terra.
Mundo simples que se
apresenta.
Terra virgem que
atrai sementes.
Morna manhã de
setembro.
Mulheres passando
apressadas.
Eu de pé, perdido,
Escolhendo objetos
pelas cores,
Me assustando fácil
Com os gestos
abruptos.
Marcha!
Samba tocando na
vitrola.
O ébrio perdido na
viola.
Tudo o que eu já
posso buscar.
Um aroma brasileiro
no ar.
Um passo é um destino
que começa.