A TEIA
Conta campestre.
Cisma do agreste.
O escravo acena.
Pede seus dias.
O Senhor do outro
lado.
Cada ser intermédio.
Eu, ser que sou,
Também fico.
Terra redonda.
Circo fechado.
Ruas de terra.
O mais simples
condena,
Reza escondido.
O confuso reclama.
Cada ser intermédio.
Eu, ser que sou,
Só divido.
Rede da tribo.
Cama da aldeia.
Gozo da Europa.
Sol: novo mundo.
O amor sacrifica;
Bebe seu sangue.
A presa desmaia.
Cada ser intermédio.
Eu, ser que sou,
Observo.
Conta redonda.
Circo da aldeia.
Gozo campestre...
É preciso coragem pra
aceitar que tudo é infinito.