domingo, 17 de janeiro de 2016

João Rosa de Castro - O Cio da Pedra

O CANDELABRO

A Flor da Tailândia do Bixiga é.
A Flor da Tailândia do Bixiga engloba.
A Flor da Tailândia do Bixiga vibra
Com mexericos históricos e pandemônios monumentais.
A quem terá oferecido a Voz De Ouvir nesses dias?
A que terá sido útil?
E um verdadeiro inverno cobriu este lugar
Como uma mortalha.
Ou serão meus olhos?
Ou estarão os meus sentidos mais apurados,
Menos dóceis?
Tudo se torna ambíguo – dúbio – duvidoso.
Qual teoria será para mim suficiente?
Lance eu mão de toda lógica que houver nessa vida.
Faça eu conjeturas e levante hipóteses
Já pontuadas em qualquer tragédia:
Existe um escravo em cada amor!
Existe um anjo da guarda
E um duende confuso a nos distrair.
Em cada amor existe um carnaval inteiro, um vendaval medonho.
Há muitas paredes
Retendo o desejo súbito
De novamente te roubar
Um beijo Mais Que Nunca misterioso.
A Flor da Tailândia do Bixiga aparte.
A Flor da Tailândia do Bixiga encharcadíssima.
Distantíssima.
Mal-regada.

Eu,     

Aprendendo a valia banal e divina da tua fotossíntese,

Envergonho-me da minha própria inutilidade
Nesse teu jardim!

João Rosa de Castro - Despedida - Encerramento do Blogue Lume d'Arena

Prezado leitor. É com imensa satisfação que venho expressar minha gratidão a todos que visitaram, leram, compartilharam e acompanharam o L...