O
OUTONO
Quando eu dou tchau
Ninguém dá oi.
Quando subo o morro
Todo mundo desce.
Se eu derrubo a flor
Quem a levanta é o Deus.
Eu a prova, o teste.
Eu a seca, o Oeste.
Eu labirinto campestre.
As pestes se foram
Sob as minhas mãos.
As dores sararam bastante
Ao som do meu perdão.
Eu, a madeira de lei.
Esta canção para vocês
É surda e surda, e surda é.
Quando eu choro em vão.
Quando eu entro em casa.
Quando eu vejo a roupa
Que você usava,
Chamo o meu amigo
Para consolá-lo.