domingo, 18 de setembro de 2016

João Rosa de Castro - Amargo & Inútil


KANDAHAR Gigantes se entorpeceram na própria ganância e já andam sem rumo e sem comunhão. O que fazer, que deus clamar, que horas são neste lugar? Na escuridão dessa burca já rima não encanta. Já seresta e techno-music suscitam a mesma dança, surtem o mesmo efeito. Prosa, tolo, prosa. Prosa. Até a guerra perdeu os nomes. Ficou só guerra. Perderam-se nas profundezas assustadoras do calabouço fundado pelos mesmos engenheiros do não-ser. Um lugar tamanhamente mais assustador do que os infernos desenhados pela mente humana que já não se precisa em qual língua chamá-los de volta para o mundo. Nós, miniaturas harmoniosas e ciosas da mais básica tranquilidade necessária para viver um tanto de vida, de ora avante vacinados contra o vírus de tânatos, de ora avante portadores do fôlego de eros, nós que persistíramos em participar da mesma mesa, da mesma prece, do mesmo pão – pueril intenção –  enclausuramo-nos. What color is God?

João Rosa de Castro - Despedida - Encerramento do Blogue Lume d'Arena

Prezado leitor. É com imensa satisfação que venho expressar minha gratidão a todos que visitaram, leram, compartilharam e acompanharam o L...