domingo, 15 de julho de 2018

João Rosa de Castro - Amor Grátis

O MACRO-AMOR

Um encontro de idéias paralelas
E o brilho nos olhares que se buscam.

Eu te amo
Em todo o entrelaçamento possível das solidões,
Em todo o ar expirado a partilhar os ares do mundo
Na pura nobreza das ruas encardidas, sem destino.
Na profunda tristeza impregnada nas atmosferas palacianas.
Virginal impulso no afã de imortalizar a sua essência.

Amor surgido da trágica parafernália do tempo.
Amor perenal e invicto – imune a toda ira (sua) repentina
Com seus vestígios nos meus gestos, nos meus passos, nas minhas palavras. 
A linguagem com que me leem do topo dos montes e do fundo dos infernos.
Um estratosférico sim orgástico aliviando.
Macro-amor desenhado no destino.
Amor desixorribonucleicamente composto
A nutrir-se da lembrança do seu perfume, da sua voz, da sua pele – sua possível imagem.

Eu te amo
Para além das espirais dos seus cabelos,
Para além dos seus fluídos no meu corpo,
Livremente para o que possa sentir
Enquanto nossos olhares se buscarem.


ANTES DO CREPÚSCULO

Eu jurava que não faria de mais nada (ou pelo menos não de tudo) um compromisso. Mas o eminente professor e teórico Massaud Moisés foi-se embora. Não fui ao seu funeral. De forma que se o vir pela frente apenas direi: “mentiram”, ao que ele responderá: “mentiram, estou vivinho da silva”.
Enfim, parece que morreu mesmo. E agora com sua morte nasce a sua “totalidade”. E se for de totalidades alheias que vivemos, já que é aparentemente impossível viver da própria, decidi rever algumas de suas doutrinações.
Deparei com suA Criação Literária e me interessei por três assuntos: “o conto”, porque estava como ainda estou envolvido em Mosaicos Urbanos, de Mauricio Campos; e “a crítica” e “o romance”, em função do opúsculo que venho redigindo a conta-gotas – elencando todos os considerados “melhores autores” da Literatura Brasileira – numa breve análise de um romance (ou outro gênero literário) de cada um deles.
Logo na leitura d“o conto”, que configura a primeira parte do livro do Moisés, fiquei tão entusiasmado com a afinidade que sempre encontro nele desde os tempos primaveris da minha pena, que decidi escrever este livro que se inicia aqui.
Não sei se a crítica e os leitores de hoje o dirá um livro de contos como considero os textos que o compõem. Mesmo assim, fica registrada mais essa tentativa de entreter engajando e de engajar entretendo; do contrário fica apenas para os anais da Literatura Brasileira.

O seu autor,

João Rosa de Castro

João Rosa de Castro - Despedida - Encerramento do Blogue Lume d'Arena

Prezado leitor. É com imensa satisfação que venho expressar minha gratidão a todos que visitaram, leram, compartilharam e acompanharam o L...